As
quantidades podem ser discretas ou contínuas. Exemplos de quantidades discretas
são os números e a própria linguagem, pois as suas partes não têm nenhum limite
comum onde se unam., ou seja, não têm posição: por exemplo, no caso de um
número não é possível ver se as partes têm alguma posição umas em relação às
outras ou onde estão situadas fisicamente ou quais das partes se unem entre si,
isto porque são conceitos abstractos, não palpáveis. Já exemplos de quantidades
contínuas são uma linha, uma superfície ou um ponto, pois é possível encontrar
um limite comum onde as suas partes se unem: por exemplo, as partes de uma
linha têm posição no espaço umas em relação às outras, pois cada uma delas está
situada algures e é possível distingui-as e dizer onde. Conclusão: isto é uma
diferenciação puramente material, não abstracta ou conceptual, da mesma forma
que sucedeu com a questão das coisas sinónimas, homónimas e parónimas.
Para
concluir então os capítulos cinco e seis, seguem-se outras especificidades da
quantidade:
1. Não
tem qualquer contrário, a não ser que alguém diga que muito é o contrário de
pouco e que grande é o contrário de pequeno. Todavia isto não são quantidades,
mas sim relativos.
2. Não
parece admitir nem mais nem menos (uma coisa não é mais dois côvados que a
outra nem um 3 é mais 3 que um 5).
3. É
dita igual e não igual (um 3 não é igual a 5 e um 10 é igual a uma dezena).
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