ARISTÓTELES

ARISTÓTELES

sábado, 30 de novembro de 2013

CAPÍTULO 11

Apesar de à primeira vista parecer estranho, para Aristóteles o contrário do bom é necessariamente o mau, enquanto o contrário do mau umas vezes é bom e outras vezes é mau; por exemplo, a deficiência é má e o seu contrário é o excesso, que também é mau; mas o meio-termo é o contrário de ambos e é bom.
Quando um dos contrários existe, não é necessário que o outro exista também; por exemplo, se todos estivessem com saúde, a saúde existiria mas a doença não.
Por natureza, os contrários ocorrem na mesma coisa; pegando de novo no exemplo da saúde, tanto a doença como a saúde ocorrem no corpo dos animais.
Todos os contrários têm que pertencer ao mesmo género ou a géneros contrários ou ser eles mesmos géneros: branco e negro são do mesmo género (ambos são cores), justiça e injustiça por seu turno são de géneros diferentes (a primeira é uma virtude e a segunda um vício) e bom e mau são géneros de certas coisas.

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